sábado, 21 de abril de 2012

Sistema Equivocado

O Brasil é a maior potência mundial atual no Vôlei, o presidente da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) Ary Graça Filho é um dos candidatos e favorito a eleição da Federação Internacional (FIVB). Atualmente a ligas nacionais, masculina e feminina contam com as principais estrelas brasileiras, Giba, Ricardinho, Lorena, Serginho, Bruninho entre outros no masculino e Sheila, Fabi, Paula Pequeno entre tantas outras jogadoras destaques no feminino.
No Futsal também temos uma liga fortíssima, liderada por Falcão & Cia., estamos entre os melhores do mundo, tendo um campeonato nacional viável economicamente. Já nos basquete ainda estamos fortalecendo nossa liga, que cresce a cada ano, formando uma competição de alto nível e dando oportunidade ao esporte que estava em baixa no país se reerguer, afinal o Basquete já foi considerado o segundo esporte coletivo de preferencia do brasileiro, perdendo apenas para o futebol.
Esses três esportes, Vôlei, Futsal e Basquete, são os principais no Brasil além do futebol. Porém apesar de adotar um sistema diferente do nosso esporte preferido pelos brasileiros, esses três esportes citados anteriormente possuem em grande maioria um sistema equivocado de gestão. Essas três modalidades estão sendo mantidas em sua maioria por empresas com estratégias no marketing esportivo, porém esses investimentos possuem ciclos (início-meio-fim), que podem se encerrar a qualquer momento.
Todos os anos, acompanhamos casos de equipes dessas modalidades que irão encerrar suas atividades após o patrocinador retirar seu investimento no setor. Assim já ocorreu com potências como o time de Osasco no Vôlei Feminino e agora na Cimed/Florianópolis no Vôlei masculino, além de já ter ocorrido nos times como Santos e Malwee no Futsal e Franca no Basquete.
Esses esportes precisam de fortalecimento local, há uma grande necessidade de criar raiz, seja com os clubes esportivos ou sociais das cidades ou até mesmos franquias com donos de equipes, mas que a dependência do patrocinador seja menor, sendo a gestão da equipe mantida independente do patrocinador que estiver apoiando o projeto. Para isso precisamos criar outras fontes de receitas como licenciamento, receitas de bilheteria e até mesmo com planos de “sócios” dessas modalidades como praticados no futebol.
 Nossas ligas são fortes, mas principalmente porque envolvem mídia em especial a rede Globo e Sportv, entretanto os esportes precisam de clientes, torcedores que consomem seus produtos e serviços, para isso necessita de identificação o que carece muito atualmente, por isso é preciso rever o sistema de gestão adotado na maioria dos times de Vôlei, Basquete e Futsal, assim como no futebol (sobre esse assunto eu escrevo amanhã dia 22/04), para que no futuro não tenhamos ligas desmotivadas com baixa atratividade ao público.

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